segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Airbnb e eu: aventuras na humilde residência de outrem.



A coisa louca de você ir para outro país sem ter ideia de onde vai poder ficar é meio desesperadora. Duas semanas antes de eu picar minha mulinha pras bandas da Batatolândia (ou seria Kebabolândia?!) eu me descobri na situação pouco confortável de não ter um lugar para dormir, e tive que me virar de alguma maneira.
Depois que a nuvem de lágrimas sob meus olhos se dissipou, eu vasculhei a internet atrás de hostels, que até então parecia a opção mais barata, e que também talvez me ajudaria a conhecer algumas pessoas por aqui. Mas considerando que minha viagem já estava marcada para poucos dias depois disso, todos os quartos single já estavam reservados, e a ideia de passar quinze dias dividindo quartos com 32643654376254763254 pessoas desconhecidas não me parecia muito boa.
Foi aí que através de luz divina apareceu para mim em formato de site de buscas - Google é um lugar maravilhoso - e eu descobri o Airbnb.
Simplificando bastante, o Airbnb é um site, ou melhor uma mídia social, onde pessoas (anfitriões ou hosts) oferecem seu cantinho - quarto, apartamento, fazenda, casinha de sapê - para alugar por dias, e outras pessoas (hóspedes desesparados como eu) criam um perfil bonitinho para procurar justamente um cantinho para dormir sossegado.
O processo é bem fácil e o site tem versão em português com preços em reais, você entra lá e procura na cidade que você deseja - milhares de cidades ao redor do mundo, inclusive no Brasil - e ainda pode refinar a busca de acordo com suas necessidades - se você quer um quarto só pra você, se você quer um apartamento para sua família, em qual bairro, faixa de preço, etc - , além disso os perfis tem fotos dos apartamentos, descrições e geralmente comentários de outras pessoas que já se hospedaram lá.
Aí você acha aqueles que gosta mais e tem a opção de mandar mensagem para o seu host fazendo as perguntas que desejar dizendo que tem interesse em se hospedar lá em tal data. Fique atento para a resposta, que geralmente vem rápido, e nem sempre é positiva, afinal só porque o cara postou lá, não quer dizer que o bonito quer te receber e/ou o quarto/apartamento está disponível para tal data - sim, há calendário com a disponibilidade de datas na página, maaaas, nem sempre a galera atualiza, justamente para poder dar essa desculpa depois.
Uma vez que tudo está certinho, e seu host te deu uma resposta positiva, você reserva, e paga com cartão de crédito, e depois é só combinar diretamente com seu anfitrião como vai pegar as chaves e outros detalhes importantes.
Quando cheguei aqui fiquei num quarto gigante em Prenzlauer Berg, perto da estação UBahn Rosenthaler Platz, que é pertinho do centro de Berlim. Meus hosts eram dois boys incríveis super gente fina/elegante/sincera que nunca estavam em casa, mas quando estavam, se desdobravam para me ajudar em tudo que eu precisei. Quando meus dias lá se acabaram e eu ainda não tinha arranjado um WG, eu aluguei também via Airbnb um quarto de uma francesa super fofa em Neukölln, ela estava indo passar uma semana na França com a família e alugou seu quarto para ganhar um dinheirinho enquanto viajava. O apartamento era super bacana, e ela morava com quatro meninos italianos suuuuuper legais que cozinharam pra mim e até me levaram no meu primeiro club berliner - história pra outro poste.
Das duas vezes me senti super em casa, tive cama confortável, cobertores e roupas de cama limpinhos, cozinha a minha disposição, banheiro com água quente e todo o conforto de estar numa casa, e os preços foram muito bons no primeiro, pela localização e por ser um quarto novo usado somente para hospedagem paguei 35 euros por dia, e no segundo 16 euros por dia, o que se tornou mais barato do que ficar num hostel com 3764378657435743576456734 pessoas no mesmo quarto.
O Airbnb cobra uma taxa de serviço, e alguns hosts pedem um despósito de segurança que é feito através do próprio cartão de crédito, mas que é devolvido uma vez que você sai de lá e deixa tudo certinho como encontrou, sem quebrar ou levar nada embora.
Eu posso dizer que tive sorte de achar hosts incríveis e lugares muuuuito bons, dei uma vasculhada na internet, e é claro vi reclamações, mas na maioria das vezes eram casos de pessoas que não leram direito a política de cancelamento da reserva e queriam sua grana de volta a qualquer custo. Also, ter um perfil legal no Airbnb é bem importante na hora de entrar em contato com seu host, então coloque uma foto sorrindo, fale brevemente de você de uma maneira positiva, e uma vez que você estiver lá, lembre-se que você é um hóspede, está pagando, mas ao mesmo tempo está na casa de outra pessoa, então agir educadamente e ser gentil não vai fazer você perder um braço, mas pode, pelo contrário, te levar longe e te aproximar das pessoas que estão te recebendo. Então, o que eu particularmente acho, é que se você fizer sua pesquisa direitinho, esclarecer tooooooooodas as sua dúvidas com seu host, e ler todas as letras miúdas, you're good to go.

Liebe Grüße
Xu


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